Massageie o seu bebê

Sim, os bebês têm necessidade de leite.

Mas muito mais de serem amados e receberem carinho.

Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados”

LEBOYER

Aprenda a fazer a Shantala em seu bebê

Outros títulos no MENU

terça-feira

A guerra entre pais separados e a construção da identidade dos filhos

“É um equívoco pensar que uma nova ordem familiar não proporciona uma composição favorável à constituição de sujeitos saudáveis. Portanto, é importante atentar para o direcionamento que é dado às consequências dessa reestruturação sobre os membros envolvidos, para que a responsabilidade não incida exclusivamente sobre a família atribuindo-lhe o rótulo de desestruturada. Segundo Passos (2009), a família tradicional nunca garantiu a sanidade de seus membros, não é apenas a presença do pai e da mãe que garante a saúde dos filhos, mas sua capacidade de atender as necessidades destes.
Paganini e Maillard (2005) afirmam que diante de uma separação conjugal, se ambos conseguem funcionar juntos no seu papel parental as consequências para os filhos são mais favoráveis. Porém, o que tem se tornado cada vez mais comum é que um dos genitores acaba se deixando envolver pela situação de ruptura e se apropria das crianças contra o outro genitor. A grande questão, nesse caso, é que dificilmente os ex-cônjuges conseguem deixar suas diferenças de lado e funcionar juntos como pais.
Esses autores ressaltam ainda o quanto a convivência com ambos é necessária para que a criança aprenda o contato com a tríade pai/mãe-filho(a) e possa futuramente reproduzir o modelo de relacionamento. Além disso, é fundamental para servir de referência na construção da identidade e, acima de tudo, para que não haja sentimento de culpa, responsabilizando-se pelos pais terem se separado.”
“Uma separação litigiosa envolve aspectos emocionais como sentimentos e frustrações que, possivelmente induzirão os ex-cônjuges a um comportamento hostil um para com o outro, gerando o ódio ou o desejo de vingança. Inevitavelmente, a situação envolverá as crianças nesse conflito, que são perfeitamente capazes de sentir as tensões e se vêem obrigadas a tomar partido, amparando o genitor “mais fraco” (GOUDARD, 2008).”

“...a SAP - Sindrome da alienação Parental - está ligada exclusivamente à campanha de manipulação que a criança sofre, e deve ser entendida como um subtipo da alienação parental. Sua determinação enquanto síndrome é referente ao conjunto de sintomas presentes na criança, e que aparecem juntos ou estão ligados a uma etiologia comum (GARDNER, 1945a).”
“Os personagens reais desse conflito passam por turbulências que afetam todas as formas de relacionamentos. São pais programando seus filhos contra o outro genitor. A criança que sofre essa espécie de manipulação é chamada de alienada e passa a ser o objeto do genitor alienador. Segundo Duarte (2010), o alienador suprime do ex-companheiro um direito de convivência decorrente do poder familiar e, acima de tudo, um direito dos próprios filhos. O genitor alienado, por sua vez, vai aos poucos sendo destituído do seu lugar de pai, aos olhos da criança que se vê obrigada a não reconhecê-lo como tal.”
O que normalmente acontece na Síndrome da Alienação Parental parece remeter ao movimento onde a criança se volta para uma relação de cumplicidade com o guardião, talvez por sentir nele maior segurança numa situação que percebe como ameaçadora. A diferença aqui é que o outro genitor não é ausente, mas é excluído dessa relação através dos artifícios usados pelo alienador para manipular a criança nesse sentido.
"Uma criança alienada sente medo daquele que lhe é apresentado como inimigo e busca refúgio no outro genitor que aparentemente lhe protegerá. Assim, ela mantém uma polaridade de relações excluindo um e unindo-se ao outro de tal modo que incorpora as atitudes do alienador."
"Kerr e Bowen (1988 apud NICHOLS et al., 2007) contribuem para o entendimento de um posicionamento autônomo do sujeito quando, diante de pressões internas ou externas, este é capaz de refletir e agir racionalmente, sem impulsividade. Essa conceituação é definida por Bowen (1988) como diferenciação do self e ajuda a compreender o percurso de amadurecimento do indivíduo a partir dos seus processos relacionais."
"Segundo este autor, as pessoas indiferenciadas não conseguem equilibrar sentimento e pensamento e, portanto, se submetem mais facilmente quando diante de situações que despertam ansiedade. Assim, fazendo uma relação com as idéias de Winnicott, esse sujeito dificilmente assumirá sua posição de maneira autônoma e apresentará dificuldade em agir em função de suas próprias crenças. Ou seja, o falso self é convidado a ocupar o lugar do self verdadeiro."

"Martins et al (2008) ressaltam que é na família que as crianças vivenciam tanto o pertencimento quanto a individuação. Assim afirmam:
Pertencer significa participar, saber-se membro desta família, partilhar as suas crenças, valores, regras, mitos e segredos. Diferenciar refere-se à afirmação de sua singularidade, à sua individuação e ao seu direito de pensar e expressar-se independentemente dos valores defendidos por sua família (MARTINS et al., 2008, p. 182).
Diante dessa pontuação, é possível refletir sobre o lugar que a criança alienada ocupa dentro do sistema familiar. Entendendo a SAP como um conflito de lealdade em que a criança se vê diante de dois extremos, Goudard (2008) pontua que ela é colocada numa situação onde terá que se voltar para um lado ou para o outro. Porém, o jogo de alienação a conduz para uma postura de maior proximidade com o genitor guardião, impedindo-a de afirmar sua singularidade, pois a necessidade de manter-se protegida é maior que sua capacidade de exercitar a autonomia."
Leia o artigo completo em:
O Desenvolvimento Pessoal da Criança Ali-e-nada uma Ênfase Sobre as Consequências da Síndrome da Alienação Parental - Psicologia Jurídica - Atuação - Psicologado Artigos 
Escrito por Nara Suanne Marques Mota



0 comentários :

Postar um comentário

Seu comentário é sempre bem vindo. Ele estará visível após moderação.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...