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Sim, os bebês têm necessidade de leite.

Mas muito mais de serem amados e receberem carinho.

Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados”

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quinta-feira

O empoderamento feminino na reconstrução do parto

Alternativa para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

Marli Marlene Moraes da Costa | Eloise Kurtz Löf

A ONU busca reduzir a utilização de partos cirúrgicos, para atingir alguns dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: aumento da autonomia das mulheres, redução da mortalidade infantil e melhoria da saúde materna. O parto humanizado surge como alternativa ao excesso de cesarianas.
(...)
Introdução

O processo de nascimento de uma criança é um fenômeno global que, expressado localmente, envolve complexos mecanismos responsáveis por altos índices de morbidade e mortalidade materna e neonatal. Embora à primeira vista pareça dissociada do tema, a globalização e a incorporação ao cotidiano da ideologia capitalista, com uma produção acelerada e artificial de necessidades, trouxeram a dissociação corpo/mente. A compreensão do biológico junto aos elementos culturais de formação das famílias tornou-se um desafio.
Com a supremacia da técnica, cada vez mais veloz, o homem deixou de ser o centro do Universo. O dinheiro ocupa o posto[1]. O parto, nesse contexto, deixa de ser um evento exclusivamente feminino e passa a ser institucionalizado, alienado da participação ativa da mulher. Após meses gerando seus filhos, sem pensar na maneira pela qual eles virão ao mundo, as mães brasileiras se deparam com uma realidade perversa de maus-tratos e violência, inclusive simbólica, durante o parto.
 Como maneira de escaparem a esse tratamento desumano e degradante, que atinge até mesmo o recém-nascido, buscam na figura do obstetra outra solução. Porém, ao contrário de haver a permissão ao protagonismo feminino para um parto ativo[2], o que comumente é oferecido às gestantes, sobretudo da classe média, é a famosa cesárea com data e hora marcada.
Há ainda que se falar do momento extremamente delicado que o nascimento de uma criança representa para todos os envolvidos, seja qual for a condição econômica ou cultural das famílias. Se há mulheres que passam pelo parto normal de forma espontânea, outras apresentam problemas reais durante o parto, as distócias, que tornam o nascimento difícil, perigoso ou impossível. Para estas, a cirurgia abdominal para retirada do bebê (cesariana) apresenta-se como a única alternativa viável para garantir a vida. E sempre será bem-vinda. Seria mesmo problemático se não houvesse alternativas ao parto normal na sociedade globalizada em que vivemos. Entretanto, o que atualmente mostra-se perigoso é no quão adequada e eficaz vem demonstrando ser, para a maioria das mulheres, a alternativa criada exclusivamente para partos distócicos, e no grau de adesão que a cesárea suscita na sociedade, apesar dos graves problemas e impactos que pode provocar.
A partir de um pensamento voltado ao desenvolvimento sustentável, que busca suprir as necessidades da geração atual, sem que os recursos para as futuras gerações sejam comprometidos, o parto humanizado surge como forma de estimular a naturalidade do nascimento de uma criança, bem como reduzir os elevados índices de utilização da cesariana. Longe de ser um método alternativo, representa a retomada, pela mulher e sua família, do direito de escolher conscientemente o melhor momento, forma e local para o parto, sem influência de ideologias perversas distanciadas da prática médica baseada em evidências científicas[3].
Para a sociedade, representa a diminuição de gastos desnecessários com cirurgias de médio porte sem qualquer indicação real, recursos estes que podem ser redirecionados a outras áreas realmente necessárias de auxílio financeiro, bem como a aproximação com seu próprio meio ambiente corporal, apto a funcionar sem qualquer intervenção artificial.
1  A diminuição das cesarianas desnecessárias e dos partos normais violentos como forma de alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio


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